Danos ambientais somam US$ 6,6 trilhões em 2008

em 10 October, 2010


Estudo da ONU (Organização das Nações Unidas) recém divulgado revela que os danos ambientais causados pela atividade humana em 2008 chegam à cifra astronômica de 6,6 trilhões de dólares (12 trilhões de reais), o equivalente a 11% do PIB global. A projeção é que esse valor suba para US$ 28 trilhões até 2050, cerca de 18% do PIB global.

 

“Quando os danos ambientais são quantificados em termos monetários, eles podem ser integrados na análise financeira para mostrar o impacto na economia e nos negócios globais”, diz o relatório.

 

Segundo o estudo, os setores mais prejudiciais ao ambiente foram os de produção de petróleo e gás, de metais industriais e de mineração. Estes três foram responsáveis por quase um trilhão de dólares em danos ambientais.

 

Dos sete grandes tipos de impactos ambientais analisados no relatório, o impacto de emissões de gases de efeito estufa (GEE) foi, de longe, o maior. Com um custo anual de US $4,5 trilhões, as emissões de GEE contabilizaram cerca de 70% de todos os impactos. Os outros danos ambientais abordados foram a captação de água, poluição, resíduos em geral, atividades de pesca predatória, extração de recursos naturais florestais (principalmente os madeireiros), e outros serviços que dependem do ecossistema.

 

“Está é uma mensagem poderosa para as empresas: o meio ambiente também faz parte dos negócios. Cada vez mais os governos irão fazer os poluidores pagarem e as companhias devem estar atentas a isso. Precisamos parar de desvalorizar o capital natural do planeta”, diz Paul Clements-Hunt, chefe da Iniciativa para Finanças do PNUMA. Em um trecho mais adiante, outro alerta: “Os custos dos danos ambientais são geralmente maiores que o custo de prevenir ou limitar a poluição e o esgotamento de recursos”.

 

O relatório mostra ainda que as três mil maiores companhias do mundo foram responsáveis por um terço de toda a destruição do meio ambiente em 2008, num total de US$ 2,2 trilhões em prejuízos. O estudo foi encomendado pela United Nations Environment Programme Finance Initiative e os Princípios para o Investimento Responsável e conduzido pelo Trucost, uma consultoria ambiental com sede em Londres. Com informações extraídas do site do PNUMA.




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