Guia mostra como lucrar com a biodiversidade

em 19 October, 2010


O Manual de Gestão da Biodiversidade pelas Empresas – Guia Prático de Implementação, (veja aqui), produzido pelo governo alemão e traduzido pelo Banco Mundial mostra como o empresário pode incorporar práticas de gestão da biodiversidade, aproveitando oportunidades de negócios oferecidas pela natureza por meio de ações de conservação do meio ambiente. A iniciativa da publicação é da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e faz partes de suas atividades dedicadas ao Ano Internacional da Biodiversidade.

Segundo o manual, a gestão da biodiversidade permite o aumento das vendas da indústria na medida em que produtos fabricados passam a ser vistos de forma diferenciada pelo consumidor. Ao mesmo tempo, as práticas de gestão cortam o consumo de energia, a emissão de resíduos e trazem outras economias.

Outro resultado positivo da gestão da biodiversidade é a redução dos riscos ambientais e sociais para as empresas, pois elas terão mais facilmente acesso à matéria prima em longo prazo e sofrerão menos protestos de organizações ecológicas. A valorização da marca e a implantação de processos inovadores são outras vantagens da gestão da biodiversidade. A descoberta de novas substâncias medicinais pela indústria farmacêutica e de cosméticos é um caso típico de inovação que amplia a possibilidade de vendas e diferenciação de produtos.

Gestão sustentável

O manual dá instruções de como as empresas podem implantar a gestão da biodiversidade, o que começa a partir da seleção de campos de ação e análise de objetivos. As etapas seguintes são a de planejamento, desenvolvimento das medidas traçadas, planos de ação, avaliação e medidas de correção.

Um dos campos de atuação é o local de produção. A exploração da área de produção da indústria pode causar danos ambientais, ao menos que ela reverta essa tendência. É o que ocorre com a fabricante de papel e papelão Kablin, que faz o manejo das suas florestas intercalando área preservada com área plantada, mantendo o equilíbrio das matas nativas.

Outro campo de atuação pode ser o uso responsável da matéria-prima, como energia, minérios e produtos agropecuários. O Grupo Otto, por exemplo, fabrica móveis a partir de madeira adquirida por meio de uma estratégia que impede o uso de espécies em extinção e de árvores cortadas em florestas ilegalmente.

Há ainda empresas que produzem sem usar componentes prejudiciais à natureza. É o caso da fabricante de lápis Faber-Castell, que usa verniz a base de água. O processo de produção também pode poluir, por causa da emissão dos resíduos líquidos e de gases do efeito estufa. Mas a Native Organics, produtora de açúcar orgânico, desenvolveu a colheita ecológica da cana-de-açúcar em oposição à prática tradicional de queimada.

A parceria do Ano Internacional da Biodiversidade foi firmada entre a CNI, a agência de cooperação técnica alemã GTZ, o Ministério do Meio Ambiente, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Banco Mundial. Com informações da CNI.

Veja aqui o Manual de Gestão da Biodiversidade pelas Empresas – Guia Prático de Implementação.




1 Comentário

  1. naides lves de lima, 13 anos atrás

    o primeiro paragrafo desse texto concorda com uma ideia que eu já tinha- a biodiversidade e outros tantos icones do pensmento verde acabam sendo otimos como “grife” “selo de qualidade” “maior lucro” enfim… mercadoria. Gostaria de fazer uma refelxão sobre o pensamento expresos pelo Dr. Rogerio Cerqueira Cezar da UNICAMP de que a biodiversidade com seu valor ligado aos famacos ´pe alguma coisa do seculo passado… pois a tecologia autal já permitepreparar os framcos de que precisamos sem o metodo errático da natureza, cuja logica é trblahar para ela propria e nãopara resolver problemas humanos.
    Estou inclinada a concordar com o eminente Cientista, esse artigo me ajucou a caminhar mais nessa direção


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