Organização Marítima Internacional quer reduzir emissões de enxofre do setor a partir de 2020

em 4 November, 2016


barco

A Organização Marítima Internacional (IMO) confirmou o ano de 2020 como data de início da limitação do teor de enxofre dos combustíveis usados no transporte marítimo em todo o mundo, que deve passar de 3,5% para 0,5% a partir de 1 de Janeiro daquele ano.

O corte global da quantidade de enxofre no combustível naval havia sido aprovado por unanimidade pela primeira vez em 2008. Porém a data de implementação estava condicionada aos resultados de um estudo para determinar a disponibilidade de combustível abaixo do teor de enxofre de 0,5% em quantidades suficientes até 2020. A análise, encomendada pela IMO e finalizada em agosto passado, mostra que em todos os cenários e opções de sensibilidade consideradas, haverá combustível limpo suficiente disponível em 2020, abrindo o caminho para a decisão de hoje.

Havia a opção de adiar esse corte até 2025, o que traria sérios impactos para a saúde humana: um estudo recém-divulgado, conduzido por um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e da Finlândia, descobriu que a diferença entre 2020 e 2025 representa cerca de 200.000 mortes prematuras devido às doenças causadas pelo enxofre, como câncer de pulmão e problemas cardíacos, principalmente nas comunidades costeiras no mundo em desenvolvimento. Isto significa que a decisão da IMO evita 134.650 mortes prematuras na Ásia, 32.100 na África e 20.800 na América Latina.

Bill Hemmings, diretor de transporte da ONG Transport & Environment, disse: “Esta é uma decisão histórica e estamos muito satisfeitos que o mundo passará a cortar o venenosos combustível sulfúrico em 2020. Esta decisão reduz de 5% para 1,5% a participação das emissões dos navios na poluição do ar em todo o mundo e irá salvar milhões de vidas nas próximas décadas. Agora o foco deve ser no sentido de implementar esta decisão, uma vez que ainda não está claro quem deve fiscalizar os navios em alto mar, e como”.

John Maggs, oficial sênior da ONG Seas at Risk, disse: “A poluição do ar, incluindo aquela que é gerada pelo transporte marítimo, é um flagelo ao meio ambiente e à saúde. O mundo esperou muito tempo para que a indústria de transporte avançasse para um combustível mais limpo. Esse momento chegou. Combustíveis mais limpos serão uma realidade jurídica em 2020. Milhares de mortes prematuras serão evitadas e milhões de pessoas em todo o mundo serão agora capazes de respirar melhor, literalmente falando.” Com informações da assessoria.




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