Trump revisa lei dos Oceanos de Obama
Roseli Ribeiro em 25 June, 2018
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com sua nova política de revisão da lei dos Oceanos, acaba de destruir mais um legado legislativo ambiental do ex-presidente Barack Obama.
A nova política adotada deixa de lado as preocupações de Obama com a conservação marinha, a acidificação dos oceanos e os aspectos das mudanças climáticas. As informações são de David Malakoff, publicadas no site Sciencemag.org.
Uma vez que os EUA são um país de dimensões continentais e na costa leste é banhado pelo Oceano Atlântico e na costa oeste, pelo Pacífico, a nova política deve preocupar a todos no Planeta.
A nova lei de Trump se afasta dos valores de conservação, vulnerabilidade marinha, deixando de lado a política anterior que se preocupava em “garantir a proteção, manutenção e restauração da saúde dos ecossistemas oceânicos, costeiros e dos Grandes Lagos”.
Com essas alterações o governo Trump enfatiza as preocupações econômicas e de segurança. As águas dos EUA “são fundamentais para a economia, a segurança, a competitividade global e o bem-estar dos Estados Unidos”, justifica.
Para Trump, o governo deve trabalhar para “facilitar o crescimento econômico das comunidades costeiras e promover as indústrias oceânicas”, “avançar a ciência e a tecnologia dos oceanos”, “melhorar a segurança energética dos EUA” e garantir que “regulamentações federais e decisões administrativas não impeçam o uso produtivo e sustentável das águas oceânicas, costeiras e dos Grandes Lagos”.
Em nota, a Casa Branca disse que: “O presidente Trump está revertendo a burocracia excessiva criada pelo governo anterior.”
Preocupação ambiental
Um dos autores da política dos oceanos de Obama está desapontado. A política de Trump “representa um passo significativo para trás, um retrocesso para a década de 1960 quando o foco principal era expandir agressivamente o uso do oceano com a suposição de que ele é tão imenso, tão abundante que deve ser inesgotável”, explica a ecologista marinha Jane Lubchenco, que liderou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica sob Obama, conta à Science Insider.
“Aprendemos por dolorosa experiência que o oceano é de fato exaurível, mas também aprendemos que, se formos inteligentes sobre como usamos o oceano, ele pode fornecer uma riqueza de benefícios por décadas e décadas”, completa a especialista.
Extraído do site: Sciencemag.org