Bancos discutem matriz para indicadores de sustentabilidade

em 13 October, 2010


A FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) abre consulta pública para a elaboração da “Matriz de Indicadores de Sustentabilidade para Instituições Financeiras”. Após a incorporação das sugestões desta consulta pública, a matriz de indicadores final será encaminhada aos bancos e, posteriormente, será apresentado um diagnóstico do setor. O período de consulta pública será do dia 07 de outubro ao dia 07 de novembro de 2010.

 

A criação participativa desta matriz de indicadores está alinhada aos princípios e diretrizes do Protocolo Verde que é um documento de intenções de acordo com o qual FEBRABAN e bancos privados juntam esforços no sentido de empreender políticas socioambientais que sejam precursoras, multiplicadoras e que estejam em harmonia com o objetivo de promover um desenvolvimento sustentável.

 

O Protocolo Verde foi assinado em 2009 pelo presidente da FEBRABAN, Fabio Barbosa, e pelo então ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o documento inclui cinco princípios e diversas diretrizes que estimulam os bancos a oferecerem linhas de financiamento que fomentem a qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente, a considerarem os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e na análise de risco de projetos, e a promover interna e externamente o consumo consciente dos recursos naturais.

 

Princípio I

 

Oferecer linhas de financiamento e programas que fomentem a qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente, observadas as seguintes diretrizes:

 

a) Aprimorar continuamente a oferta de produtos e serviços bancários destinados a promover projetos que apresentem adicionalidades socioambientais;

 

b) Oferecer condições diferenciadas de financiamento para projetos que apresentem adicionalidades socioambientais;

 

c) Orientar o tomador de crédito para a adoção de práticas sustentáveis de produção e consumo consciente.

 

Princípio II

 

Considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de seus ativos e nas análises de risco de projetos, tendo por base as políticas internas de cada instituição e as seguintes diretrizes:

 

a) Observar no financiamento de projetos potencialmente causadores de significativa degradação ao meio ambiente a apresentação, por parte do tomador do crédito, das licenças ambientais exigidas pela legislação vigente;

 

b) Incorporar critérios socioambientais ao processo de análise para concessão de financiamento de projetos, considerando a magnitude de seus impactos e riscos e a necessidade de medidas mitigadoras e compensatórias;

 

c) Considerar nas análises de crédito para financiamento de projetos as recomendações e restrições de zoneamento agro-econômico ou, preferencialmente, do zoneamento ecológico-econômico, quando houver e forem de conhecimento público;

 

d) Aplicar padrões de desempenho socioambientais por setor produtivo para avaliação de projetos de médio e alto impactos negativos.

 

Princípio III

 

Promover o consumo consciente de recursos naturais, e de materiais deles derivados, nos processos internos, observadas as seguintes diretrizes:

 

a) Definir e contemplar critérios socioambientais nos processos de compras e contratação de serviços;

 

b) Racionalizar procedimentos operacionais visando promover a máxima eficiência no uso dos recursos naturais e de materiais deles derivados;

 

c) Promover medidas de incentivo à redução, reutilização, reciclagem e destinação adequada de resíduos, buscando minimizar os potenciais impactos ambientais negativos.

 

Princípio IV

 

Informar, sensibilizar e engajar continuamente as partes interessadas nas políticas e práticas de sustentabilidade da instituição, observadas as seguintes diretrizes:

 

a) Capacitar o público interno para desenvolver as competências necessárias à implementação dos princípios e diretrizes deste protocolo;

 

b) Desenvolver mecanismos de consulta e diálogo com as partes interessadas;

 

c) Divulgar os resultados da implementação dos princípios e diretrizes estabelecidos neste protocolo.

 

Princípio V

 

Promover a cooperação e integração de esforços entre as organizações signatárias deste protocolo, observadas as seguintes diretrizes:

 

a) Promover o envolvimento dos signatários para o compartilhamento de experiências, acompanhamento da efetividade e governança dos princípios e diretrizes deste protocolo, bem como propor melhorias ao seu processo de implementação;

 

b) Realizar, a cada dois anos, a revisão dos princípios e diretrizes para o contínuo aperfeiçoamento deste protocolo.

 

A consulta pública está disponível no site da Febraban, do qual forma extraídas essas informações.




2 Comentarios

  1. Tweets that mention Bancos discutem matriz para indicadores de sustentabilidade « Observatório Eco -- Topsy.com, 13 anos atrás

    [...] This post was mentioned on Twitter by Heidi Ponge-Ferreira and Ludovino Lopes, Observatório Eco. Observatório Eco said: Novo artigo: Bancos discutem matriz para indicadores de sustentabilidade http://tinyurl.com/2d53qyn [...]

  2. Alciléia Nazaré Lima Amanajás, 13 anos atrás

    Em minha concepção essa proposta é muito pertinente, visto que precisamos muito dessas ideologias para amenizar os caos que sofremos hoje com relação ao meio ambiente, pois isto é de total importância para nós.


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