Falta planejamento urbano na prevenção de calamidades

em 12 January, 2011


Especialistas alertam para a necessidade de um planejamento urbano adequado para evitar transtornos provocados pelas chuvas, como desmoronamentos e alagamentos. Temporais estão castigando as regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O presidente do CREA-DF (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal), Francisco Machado, explica que é necessário um planejamento e investimento em projetos voltados para a prevenção de calamidades. Segundo ele, é importante estabelecer medidas de segurança na área de engenharia, como a contenção de encostas. “Quando acontece uma calamidade sai caro para o Estado e também para as vítimas. Cabe à sociedade fazer sua parte e cobrar do governo ações de prevenção”, afirma.

Machado alerta para a necessidade de se cumprir o plano diretor, que deve ser estabelecido pela prefeitura de cada estado. O plano diretor estabelece regiões com as condições de serem habitadas. “A prefeitura não pode deixar as pessoas morarem em áreas de riscos, a lei é bem clara. Pensando nisso, o Crea-DF lançou uma cartilha que alerta a sociedade para a prevenção de calamidades com soluções técnicas”, diz.

A arquiteta e urbanista Ana Paula Guedes, da organização não governamental Arquitetura para Todos, destaca que as frequentes enchentes na Região Sudeste do país resultam de uma série de fatores. “O crescimento das cidades, o péssimo hábito de as pessoas jogarem lixo nas ruas e a questão climática favorecem todos esses alagamentos. Existem projetos que buscam alternativas para sanar esse problema nas cidades, como São Paulo. Porém, as obras de saneamento e drenagem pluvial deveriam ter sido feitas há muito tempo. Agora fica difícil minimizar os problemas”, declara.

A urbanista também ressalta a importância de um planejamento urbano adequado. “As secretarias de Obras dos estados têm projetos que impedem construções ilegais, entretanto há pessoas que burlam a legislação. É preciso uma maior fiscalização por parte do governo”, diz. Com informações da Agência Brasil.




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