Acordo de Paris já conta a adesão formal de 60 países

em 21 September, 2016


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Após a adesão formal de 60 países responsáveis por 47,5% das emissões globais dos gases causadores do efeito estufa, ocorrida hoje em cerimônia na ONU em Nova York, o Acordo de Paris sobre Mudança do Clima está em vias de se tornar lei ainda este ano. Um dos requisitos – que mais de 55 países aderissem formalmente ao Acordo – já foi cumprido. Agora resta atender à segunda condição para que ele entre em vigor: contar com a adesão formal de países responsáveis ​​por 55% das emissões globais. Como vários países já deram sinais de que ratificarão o Acordo ainda se dará neste ano, o World Resources Institute calcula que a contagem deve chegar a 97 países, representando 65% das emissões antes ou durante a próxima rodada de negociações climáticas, a CoP22, em Marrakesh em novembro deste ano. A velocidade com que o acordo se torna lei é sem precedentes. Por exemplo, o Protocolo de Kyoto levou sete anos para se tornar lei.

Ban Ki-moon disse estar confiante na sua entrada em vigor até o fim de seu mandato como secretário-geral, ainda em 2016. “O que antes parecia impossível agora é inevitável. Estou confiante de que, no momento em que eu deixar o cargo, o Acordo de Paris terá entrado em vigor. Esta será uma grande conquista para o multilateralismo”, disse Ban.

“[O Acordo de Paris] vai marcar uma nova era de cooperação global na construção de um mundo mais seguro, mais resiliente e mais próspero. E vai catalisar a ação em muitos níveis”, destacou o chefe da ONU. “Ele vai ajudar a acelerar os esforços para proteger os pobres e os mais vulneráveis contra o aumento dos impactos climáticos. Vai estimular os governos na implementação rápida dos seus planos climáticos nacionais. E enviará um sinal forte para o setor privado de que o futuro pertence àqueles que investirão no desenvolvimento de baixo carbono e em uma economia resiliente climática”, acrescentou.

A seguir estão as reações de especialistas internacionais em mudanças climáticas e em negociações climáticas que comemoram mais esse avanço em prol da redução dos efeitos das mudanças climáticas. “A iminente entrada em vigor do Acordo de Paris é o sinal importante que as empresas têm estado à espera. Com esta orientação clara de rumo por parte dos líderes políticos, as empresas podem agora acelerar os esforços para alcançar um futuro de carbono zero”, Paul Polman, CEO da Unilever.

“Estamos muito satisfeitos com a velocidade sem precedentes com a qual este acordo histórico vai entrar em vigor. Isso mostra que os governos compreenderam e responderam à urgência do desafio do clima – um desafio demonstrado pelo recorde de temperaturas registrado mais uma vez este ano. A ratificação pela União Europeia, que responde por 12% das emissões globais de gases de efeito de estufa, será fundamental para atingirmos o limite exigido de 55 países e 55% das emissões. Os líderes europeus devem ser elogiados por ter concordado em acelerar o seu processo de ratificação. Os membros do The Prince of Wales’s Corporate Leaders Group conclamam a União Europeia para se manter na vanguarda da ação climática e se juntar integralmente ao Acordo de Paris nas próximas de semanas, provocando sua entrada em vigor na COP22 em Marrakesh, Jill Duggan, diretor de The Prince of Wales’s Corporate Leaders Group.

“O anúncio de hoje de que o Acordo de Paris entrará em vigor este ano é uma boa notícia para o planeta, e ressalta a crescente dinâmica da ação climática. Mas ainda há muito trabalho pela frente, tanto na implementação como no aumento da ambição dos países em relação a seus compromissos para reduzir as emissões, se quisermos atingir a meta de Paris de emissões líquidas zero até meados do século e evitar os piores impactos das mudanças climáticas, “ Alden Meyer, Diretor de Estratégia e Política, Union of Concerned Scientists. Com informações de várias assessorias. 




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